Bruce Dickinson: "Eu não acredito em Deus, mas ele conta ótimas histórias"


Aos 65 anos e ainda jovem, Bruce Dickinson está em turnê promocional de seu novo álbum “The Mandrake Project”. Ele esteve em Nantes nesta terça-feira, 5 de março, e fez um pequeno desvio até o local do Hellfest em Clisson, onde conversou com o site FranceInfo

Esta não é a primeira vez que você vem aqui.

Não, não, é muito legal. Venho para meus shows solo e obviamente com o Maiden. Foi incrível e no ano passado foi incrível. Mas este ano, pouco antes do Metallica. Às 9 horas, nossa, aqui vamos nós!

Você estará aqui no Hellfest, mas sem pirotecnia

Ah sim, The Mandrake Project, o álbum, o que ele fará é incrível. Mas não se trata de monstros, cenários e pirotecnia, trata-se de música. Então, você vai perceber que quando estivermos no palco não estaremos lá fora (abre os braços), estaremos aqui (junta as mãos). Porque todos teremos que olhar uns para os outros. É a música que vai interagir com tudo.

Não é 2002, não é 1992, nem mesmo é 1982, é 1972. Ok, é onde estamos. É mais como quando eu era criança e via bandas, ninguém tinha um cenário. Se você tivesse um amplificador, era tipo 'Oh, isso é muito legal', você sabe. E isso é muito mais o tipo de coisa que queremos fazer.


Você é piloto, é empresário e talvez seja cowboy porque no álbum tem um pouco do Ennio Morricone

Oh sim ! Done, done, done (Bruce imita um guitarrista) É mais uma guitarra de surf do que uma guitarra de surf de Dick Dale. Eu disse, ei, você sabe, se Quentin Tarantino tivesse que tocar guitarra em um disco de metal, o que ele faria? Então ! 

Você fala um pouco de francês

(Bruce responde em francês) Sim, falo um pouco de francês, mas não falo muito bem. Espero “melhorar o meu francês”, mas o problema é que a minha mulher é francesa e fala inglês muito bem. Ela se recusa a falar francês comigo.

Voltando à música, qual é o tom do seu álbum solo? “Resurrection men”? Você é um místico?

Místico? Não, não acredito em Deus, mas ele conta ótimas histórias.