O portal grego Rock Overdose, entrevistou o vocalista Blaze Bayley, que falou sobre sua nova coletânea "Soundtracks Of My Life" e relembrou alguns momentos importantes de sua passagem pelo Iron Maiden.
Tradução: Arlei Rocha
Whiplash.Net
Olá, Mr. Cooke e bem-vindo ao Rock Overdose! Como você está?
Blaze: Eu estou muito bem, obrigado. Eu estou agora em férias na Eslováquia antes da promoção da coletânea começar
Vamos começar falando sobre suas noticias mais recentes e primeiro de tudo sobre o vindouro “Soundtracks Of My Life” álbum que será lançado mundialmente em 31 de Outubro de 2013. Você gostaria de descrever o significado deste álbum para você e introduzi-lo aos fãs gregos? Há alguns planos para ver você por aqui na Grécia?
Blaze: Eu gostaria de ir até a Grécia mas infelizmente está distante por não termos encontrado um promotor que queira me levar lá. Com sorte eu irei num futuro próximo. No próximo ano, eu serei um cantor de 30 anos de carreira. Eu quis fazer um álbum com gravações que são especiais e importantes para mim. Há também duas novas músicas que eu gravei com Rick Plester quando eu estive lá em Junho.
Sobre o recente EP “Russian Holiday”, é como um precursor de “Soundtracks Of My Life” e de quem foi a idéia desta capa fantástica?
Blaze: “Russian Holiday” foi um EP acústico. Eu sempre quis fazer um álbum acústico mas nós pensamos em tentar primeiramente um EP. Nem todos os fãs de heavy metal gostam de acústico e eu acho que o EP foi a melhor coisa a fazer. Eu trabalhei muito bem. A música “Russian holiday” está também na nova coletânea. A arte da capa foi feita por Alberto Quirantes. Nós tivemos uma competição onde todos os fãs poderiam enviar o desenho deles e nós escolhemos o desenho de Alberto porque isto se ajustou perfeitamente às músicas.
Assim como “Soundtracks Of My Life” é uma coletânea apesar de duas novas faixas, há alguns planos sobre o sucessor do álbum “King Of Metal”?
Blaze: Eu estou atualmente escrevendo uma história que será base do meu próximo álbum, então será um outro álbum conceitual. Eu não posso contar nada sobre isto ainda mas eu espero lançá-lo até Maio de 2015.
Durante sua carreira solo desde o primeiro álbum “Silicon Messiah” de volta ao ano 2000, como você descreveria esta viagem até aqui?
Blaze: isto tem sido uma jornada difícil mas eu sou privilegiado por apresentar-me continuamente ao vivo. Eu tenho tido diferentes line-ups mas no final eu tive de tomar decisões difíceis para continuar como um artista solo. Tem sido muita pressão para pagar todo tipo de impostos e contas, especialmente quando você não tem um agente de turnês fixo para cuidar de seus shows.
Bayley, se estiver o.k. para você eu gostaria de viajar junto ao passado aonde seus dias iniciais na música começaram. Você nasceu em Birmingham, você trabalhava inicialmente em um hotel e havia um grande piano de cauda no hall de entrada no qual você praticava durante seu descanso noturno...você gostaria de falar mais a respeito desta história? Do que você se lembra?
Blaze: Isto é basicamente tudo. Eu curtia trabalhar naquele hotel mas não era o que eu queria fazer pelo resto de minha vida.
Sua primeira banda foi Child´s Play antes de você se juntar ao Wolfsbane. O que aconteceu então?
Blaze: Eles me sacaram, então eles disseram que minha voz não era boa o suficiente para ser um cantor para aquela banda.
Antes de você se juntar ao Iron Maiden, Wolfsbane abriu para a banda em 1990 durante a “No Prayer On The Road” Tour. Do que você se lembra daqueles dias?
Blaze: Foi a melhor e minha favorita tour que eu já tinha feito como banda de apoio para qualquer outra banda. Eu me tornei parte do time de futebol com os caras do Iron Maiden naquela tour e eu cantei com a banda no palco no Hammersmith Odeon. Eu cantei com Bruce Dickinson “Bring Your Daughter... To The Slaughter”.
Em 23 de Dezembro de 1993 você se juntou ao Iron Maiden e você abriu uma garrafa de champanhe de alta qualidade, que você guardava para ocasiões especiais. O que aconteceu naquele dia? Do que você se lembra e como isso começou?
Blaze: Simplesmente um telefonema de Steve Harris para dizer “Você está dentro”. Então eu fui e trouxe um fardo de Guiness e uma anotação de telefone para contato porque eles disseram que era muito importante que eu recebesse minhas mensagens e que eu fosse contactável a qualquer momento. Eu não tinha um celular porque eles ainda não eram populares naquela época.
É verdade que fora você, os outros dois candidatos mais bem colocados para substituir Bruce Dickinson foram Doogie White e Damian Wilson? Você encontrou-se com aqueles caras e, se sim, você sabe qual foi a reação deles ao saberem que haviam perdido?
Blaze: Eu sei que Doogie White foi um deles mas eu não sei sobre Damian. Eles não me falaram quem foram os outros. Eu não os encontrei pessoalmente, desde então, mas eu considero-o um grande cantor e realmente um cara simpático.
Do que você se lembra do primeiro ensaio com o Iron Maiden? Eu me lembro de uma história envolvendo o cachorro de Steve! Você poderia nos contar mais?
Blaze: Eu estava na casa de Steve tomando um copo de chá e então Steve disse: “certo, vamos começar a escrever as músicas”. Então eu saí, peguei um caderno de anotações no meu carro e voltei até a casa. Steve me perguntou “ você pisou no cocô do cachorro?”. O cachorro de Steve, um dinamarquês, tinha feito um cocô atrás de meu carro e eu sem querer acabei pisando naquilo...
Como você experimentou suas primeiras performances ao vivo com o Iron Maiden e se você puder se lembrar, qual foi a mais fantástica e a pior – se é que aconteceu – performance durante o seu período na banda?
Blaze: Phoenix foi o meu melhor momento, um pequeno show onde Ronnie James Dio estava nos dando suporte. Foi muito bom para mim ver meu herói todas as noites e então vê-lo entrar no palco e cantar algumas das minhas músicas favoritas. Tudo levado ao mínimo porque era um show num lugar pequeno. Foi um dos poucos shows em que eu fiquei muito próximo dos fãs. “Motherfuckers Are Us” foi escrita na quele dia e faz parte do meu novo álbum “Soundtracks Of My Life”.
Eu sei que você é um fã de motocicletas! Quantas motos você tem e qual é sua favorita?
Blaze: Eu tenho uma única moto Yamaha Virago 1100. Eu não comprei mais nenhuma outra porque esta é muito boa e não há motivo para pilotar outra. Eu adoro trabalhar nela quando eu estou em casa.
Como está seu relacionamento atualmente com os caras do Iron Maiden? Seria muito interessante poder assistir Blaze (Banda) com o Iron Maiden, excursionando juntos.
Blaze: Eu não acho que isso acontecerá tão cedo. Eu estou muito ocupado com minha própria carreira e o Iron Maiden tem se movido para longe daquela era. Eu adoraria vê-los outra vez, mas eu não vejo essa chance tão próxima.
O que é o próximo passo para Blaze Bayley? O que nós podemos esperar para o futuro?
Blaze: O futuro próximo é a próxima semana, as pré-ordens para encomendar o novo álbum chamado “Soundtracks Of My Life”. No próximo ano, eu estarei excursionando na América do Sul, Europa e, eu espero, Estados Unidos e Austrália com este álbum. Há mais alguns shows planejados com Paul Di´Anno e também deveria haver mais alguns shows acústicos com Thomas Zwijsen. Então eu estou me mantendo ocupado!
É isto Blaze! Foi uma honra falar com um homem que fez parte da minha banda favorita de todos os tempos. Eu desejo o melhor para você, se cuide cara! Feche esta entrevista como você quiser e envie uma mensagem aos fãs gregos.
Blaze: Obrigado por todo seu apoio! Eu espero estar na Grécia outra vez em breve e fazer meu melhor show para os fãs! Muito obrigado!