Bruce Dickinson votou pela saída do Reino Unido da União Europeia



Os britânicos decidiram em uma votação histórica, que deve mudar o rumo da geopolítica mundial pelas próximas décadas, deixar a União Europeia (UE). A opção de "sair" venceu a de permanecer no bloco europeu por mais de 1,2 milhão de votos de diferença, em resultado divulgado por volta das 3h desta sexta-feira (24).

O resultado da apuração foi divulgada por áreas de votação e a disputa, bastante acirrada. O "sair" começou à frente e chegou a ser ultrapassado pelo desejo de continuar na UE, mas logo retomou a liderança e foi abrindo vantagem até vencer com quase 51,9% dos votos. Foram 17.410.742 votos a favor da saída e 16.141.242 votos pela permanência.

Segundo a NME, que listou celebridades da música que votaram contra e a favor no referendo, Bruce Dickinson foi um dos que votou pela saída do bloco.

O vocalista do Iron Maiden já havia se manifestado sobre o assunto em uma entrevista para o Wales Online: "Eu acho que a posição da UE, de união cada vez mais estreita, é extremamente insustentável. Se houver um futuro fora da UE, então poderíamos ser a Hong Kong da Europa, baseando-se em nosso tradicional papel de ser uma nação comercial. E se sairmos, a UE entrará em pânico e terá de fazer um acordo."



Segundo o G1, a vitória do "Brexit" derrubou as Bolsas na Ásia e os mercados futuros da Europa e dos Estados Unidos antes mesmo do resultado oficial ser divulgado. A libra esterlina, moeda do Reino Unido, despencou e atingiu o menor valor frente ao dólar em 31 anos. No Japão, a Bolsa de Tóquio desabou quase 8%.

O referendo derrubou também o primeiro-ministro britânico, David Cameron. "Os britânicos votaram pela saída e sua vontade deve ser respeitada", afirmou o premiê, que deve deixar o cargo em outubro. Ele ponderou que o país precisa de uma nova liderança para levar a decisão adiante. "A negociação deve começar com um novo primeiro-ministro".

Oficialmente, o plebiscito não é "vinculante", ou seja, ele não torna obrigatória a decisão de sair do bloco europeu. Mas o futuro primeiro-ministro britânico dificilmente será capaz de contrariar a decisão da população. Parlamentares também podem bloquear a saída do Reino Unido, mas analistas consideram que isso seria suicídio político.

O presidente do Banco Central da Inglaterra, Mark Carney, afirmou que levará algum tempo para que o Reino Unido estabeleça novas relações com a Europa e o resto do mundo. Disse também que uma volatilidade econômica "deve ser esperada",mas não vai hesitar em tomar medidas adicionais para levar a economia adiante.