O baterista Nicko McBrain concedeu entrevista para o Metal Shock Finland durante a NAMM 2016 e comentou o seu retorno para a Sonor Drums, além de revelar mais detalhes do processo de composição do álbum The Book of Souls.
Sobre o retorno para a Sonor Drums:
"Deixei a Sonor em 92 e fui para a Premier. Infelizmente algumas coisas relacionadas ao trabalho não funcionaram para a Premier, basicamente, na metade do ano passado eu estava sem patrocinador. Então a primeira ideia que tive foi 'preciso falar com Karl-Heinz Menzel, da Sonor, ver se ele topa me ter de volta'. Liguei para o Karl e falei a ele o que havia acontecido. Ele disse 'olhe, adoraríamos nos reunir com você'. E então fui até lá em Setembro. Eu e Andy Taylor, meu empresário, passamos uma noite em Bad Berleburg [Alemanha] e apenas conversamos. A coisa mais estranha, ou melhor, a melhor coisa disso tudo, é que foi como se eu jamais tivesse saído da Sonor. Fazia mais de 20 anos que eu tinha falado com eles. Sentamos e Karl perguntou: 'O que você quer?' Eu respondi: 'Exatamente o que eu tinha há vinte e dois anos atrás: mesmos tamanhos, mesma madeira'. Mas tem algo muito, muito especial que eles fizeram pra mim nesse novo kit, o qual não posso revelar por que, bem, será mostrado no primeiro show (24/02). Posso dizer que trata-se de um esplêndido kit, espetacular. Eu acredito que vai superar o kit usado na 'Somewhere On Tour', de 30 anos atrás, e mesmo após todo esse tempo, Karl fez um kit de ótima qualidade para mim. Basicamente ele usou toda sua influência na concepção desse kit. Então, me sinto muito abençoado em sentir novamente esse vínculo com a marca. Estou de volta à Sonor e estou muito feliz. Muito, muito feliz."
Sobre as gravações de "The Book of Souls":
"Cada álbum que fazemos é o melhor álbum que já fizemos. São como capsulas do tempo onde eu sempre digo: 'É o melhor álbum que já fizemos'. Bem, este é definitivamente o melhor álbum que já fizemos, se não em termos das interpretações das pessoas dizendo, 'Oh, The Number Of The Beast foi melhor que aquele, e esse foi melhor que aquele outro'. Você tem seus favoritos, certo? Ele foi o melhor em termos de como o fizemos e a ligação que temos com ele. Mesmo após todos esses anos gravando juntos em estúdio, tivemos a melhor diversão no estúdio William Tell em Paris. Sempre que finalizávamos uma faixa, sentávamos todos na sala de controle e criticávamos o trabalho de todos tipo: 'Oh, isso está soando legal, não está?' E Steve, Kevin e Bruce sempre vinham com algo do tipo: 'Vamos fazer isso novamente'. Todos nós tínhamos em mente o que queríamos ouvir no resultado final. A mixagem ficou apenas com Kevin e Steve, mas nos divertimos muito. Escrevemos todo o álbum no estúdio e foi a primeira vez na história que fizemos isso. Sempre escrevemos faixas no estúdio, como quando você vai fazer um álbum e você tem somente seis ou nove faixas, aí tem que escrever mais três para completar. Então foi isso, todo o álbum foi escrito no estúdio. Tivemos momentos excelentes. É um ótimo estúdio."