Review: Iron Maiden no Sziget Festival

O Iron Maiden se apresentou na 18º edição do Sziget Festival, em Budapeste, capital da Hungria no último sábado dia 14 de agosto. Confira fotos, setlist e a resenha do nosso parceiro Everaldo Dias!

SETLIST IRON MAIDEN

01. The Wicker Man
02. Ghost Of The Navigator
03. Wrathchild
04. El Dorado
05. Dance Of Death
06. The Reincarnation Of Benjamin Breeg
07. These Colours Don't Run
08. Blood Brothers
09. Wildest Dreams
10. No More Lies
11. Brave New World
12. Fear Of The Dark
13. Iron Maiden
14. The Number of the Beast
15. Hallowed Be Thy Name
16. Running Free


"Sabia, muuuito superficialmente, que o leste europeu, Eslovênia, Eslováquia, Polônia, República Checa, Hungria e Romênia (perdão se estou esquecendo alguns ou não), era a parte pobre da Europa mas, achava que não devia ser lá tão ruim assim, que era exagero e que, uma cidade famosa como Budapeste que recebe o Grande Prêmio da Hungria de Fórmula 1 desde 1986 não podia ser tão lascada assim. E ainda falam do Brasil...

Cheguei no Sziget Festival e um calor desgraçado. Gente pra todos os lados, claro. Comi algo e fui logo pra arena principal onde o Maiden tocaria. Seriam longas 6h de espera, mas, fazer o que. O que menos queria era andar e me cansar naquele lugar e, como havia sombra debaixo do palco, pra lá fui. A primeira coisa que percebi é que tinha um bando de italianos lá. Mais até que húngaros...

Fiz amizade com um cara bacana da Bulgária que me cedeu as fotos após o show. Também encontrei com o casal de brasileiros que havia encontrado no Sonisphere Festival da Inglaterra. O André e a Betânia do Espírito Santo. Após horas de espera, era chegada a hora do Maiden. Não tavam com a produção de luz completa como na Noruega, apenas umas luzinhas vagabundas e pronto. Talvez por ser festival, talvez porque os pão-duro húngaros tenham escolhido o show mais barato mesmo.

Pontualmente, o Maiden subiu no palco, pouco antes das 21h. Eu, que estava na grade, fui sendo levado pro meio e depois pros lados a pulso. Como já tava cansado de gente imbecil, escolhi sair do meio daquele bando de animal que sequer gostavam da banda. A maioria tava lá pra arrumar confusão mesmo. Ao final, dei sorte de encontrar com o simpático búlgaro que me cedeu as fotos, assim como um casal de brasileiros. Como eu já desconfiava que após o começo do show do Maiden, a coisa ia ficar selvagem, falei com ambos pra me encontrarem debaixo do telão do lado esquerdo do palco após o fim do show. E assim o fizeram.

O show do Maiden foi selvagem como o público. Acho que a banda sempre reage melhor as adversidades e cresce nos momentos ruins. No início do show, o som tava uma bosta e um Bruce Dickinson, puto da vida, gesticulava pra todos os lados. Dave Murray também, só que de forma mais sossegada. Após umas músicas, resolveram o problema do som, finalmente. Coisas da Hungria.







Burocraticamente, o Maiden repetiu o mesmo set list, os mesmos discursos e as mesmas brincadeiras, o que já ta se tornando um pouco chato pra ser honesto. Mas o show foi selvagem, assim como o público e, juntamente com os problemas, os caras se superaram e fizeram um showzão. Poderiam ousar mais. Uma banda tão rica em música, histórias e etc, deveria ousar mais. Tem tanta bala pra gastar e não sei porque ficam economizando... o importante é que era meu sexto show dessa turnê e nono do Maiden. E tudo correu bem. Ainda bem."

Confira o texto na íntegra
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